25 de mai. de 2012
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Facebook Mobile – como a rede social está lidando com as plataformas móveis


Pages, Messenger e Camera. Apps mobile do Facebook

O que fazer quando mais da metade de seus 901 milhões de usuários acessam sua plataforma via dispositivos mobile? O Facebook tem se esforçado para achar essa resposta. Vamos listar e analisar as tentativas de Mark Zuckerberg de melhorar a experiência dos usuários da rede social em smartphones e tablets.

A penetração mobile do Facebook alcançou 54% do total de usuários. Isso significa que 488 milhões de pessoas acessam o site em dispositivos móveis em todo o mundo, de acordo com levantamento da Social Bakers divulgado em maio. Apesar do número ser impressionante, a qualidade da rede social deixa a desejar. Mas ao que parece, o site tem se esforçado para mudar essa situação. E as primeiras medidas começam a surgir: compra de empresas especializadas e lançamento de apps para funções distintas.

Aquisição de startups móveis

Há pouco mais de um mês o Facebook surpreendeu a todos ao anunciar a compra do Instagram por 1 bilhão de dólares. Entre o mar de especulações sobre o porque da decisão, uma coisa é certa: o objetivo não era transformar o Instagram, e sim, contar com uma talentosa equipe de visionários desenvolvedores para plataformas móveis jogando no seu time.

Algum tempo depois do Instagram, foi a vez do serviço Glancee ser adquirido por Zuckerberg. O valor não foi divulgado. Mas novamente as ambições do Facebook ficaram claras. O app da Glancee permite que os usuários encontrem pessoas com interesses em comum em determinados lugares. Ou seja, a habilidade de Mark para conectar usuários de acordo com seus interesses vai ser reforçada no mobile.

Faceboom comprou Instagram                     Facebook comprou Glancee

Ainda embalado com as compras, o movimento mais recente da rede social foi a aquisição do Lightbox. Esse app é bem semelhante (concorrente mesmo) ao Instagram. E assim como no caso do Insta, o interesse do Facebook foi no expertise da equipe por traz do aplicativo. A única diferença é que o Lightbox terá as portas fechadas em junho. Sinal de que os desenvolvedores irão de fato se dedicar ao novo patrão.

Facebook comprou Lightbox 
As dificuldades do Facebook para lidar com plataformas móveis são conhecidas. O site ainda não tem sido conseguido tirar vantagem do crescimento de sua base de usuários nesses dispositivos. No entanto, os esforços do site para mudar esse cenário vão se mostrando intensos. Todas as grandes negociações citadas aconteceram num período de dois meses (abril e maio deste ano). Zuck não está disposto a perder mais tempo.

Apps para funções específicas

O aplicativo principal do Facebook é o mais popular da App Store e do Google Play quando falamos de redes sociais. Mas cá pra nós, em relação às funcionalidades presentes nos navegadores de desktop, o app móvel do site deixa muito a desejar. E Zuckerberg sabe disso. Sabe tanto que tem apostado no lançamento de aplicativos para fins específicos. Apenas em maio foram dois: Facebook Pages Manager e Facebook Camera.

Facebook Messenger, Pages Manager e Camera


Facebook Messenger

Velho conhecido dos usuários de Android e iPhone, o Messenger veio com a proposta de trazer o bate papo do Facebook para os portáteis. O Messenger conta com mais funções do que o chat embutido no app principal do Facebook. Entre elas estão a confirmação de leitura das mensagens, bate papo em grupo, geolocalização e compartilhamento de imagens.

Facebook Pages Manager

Quem administra fanpages sabe o martírio que é acessá-las pelo app principal do Facebook. Você mal mal posta foto, status (nada de link) e, quando ele resolve notificar, confere se tem algum fã novo. O Pages Manager veio resolver esse problema, ou pelo menos tentar. O que ele oferece de diferente são alguns Insights e gerenciamento dos administradores da página. O sistema de notificação também parece melhor. Nada além. Mas por enquanto quebra o galho.

Facebook Camera

Lançado ontem (24) para iPhone, causou certo buzz na internet. “Se o Facebook comprou o Instagram, pra que um app próprio de fotos?”, questionavam os usuários. Pra mim a resposta é simples. Não passa de uma questão de identidade. Ainda que seja quase uma cópia do Instagram, o Camera leva o nome e a marca do Facebook para o hall de apps móveis de compartilhamento de fotos. E bem, o Instagram tem mais de 50 milhões de usuários, enquanto o Face, em mobile, tem quase 500 milhões. Há um público gigantesco em potencial.

O Camera é interessante. Há o Feed de Notícias onde aparecem apenas as fotos postadas por nossos amigos ou as nossas. Ao registrar uma imagem, podemos inserir alguns filtros, cortar, girar e compartilhar diretamente na rede. O mesmo vale para fotos que já estão salvas na memória do dispositivo.

E ai, vai dar certo?

Não sei. Responder essa pergunta por agora seria precipitar um pouco as coisas. A quantidade de donos de smartphones e tablets cresce a cada dia ao redor do mundo. Pouco desse universo foi explorado ainda.

Tão grande quanto a massa de usuários móveis do Facebook é o desafio de oferecer uma boa experiência nessas plataformas. E, naturalmente, ganhar dinheiro com isso.

A largada foi dada. Agora resta, além de continuar acessando a rede em nossos aparelhos portáteis, observar como ela vai lidar com essa transformação no comportamento dos usuários. E se beneficiar disso, seja como usuário, seja como profissional.


Sobre o Autor:
Guilherme Ludwig é o criador da Coluna Digital. Jornalista, encara a profissão como um estilo de vida. Seu objetivo é trabalhar com jornalismo digital focado na área de Tecnologia. Google+ - Twitter - Facebook - Site

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