Edição: 21/03/2013
Pessoal, ao longo do tempo vim aguardando e pesquisando o lançamento desse app. Mas até agora, nenhuma informação. Nem mesmo no site oficial cujo link está disponível ao longo do texto. Parece que ou o Signal foi descontinuado antes mesmo do lançamento, ou está tão inacessível na App Store (ou qualquer outro lugar na Internet), que nem vale a pena procurá-lo. A leitura deste post vale para estimular a reflexão sobre as tendências que envolvem o jornalismo colaborativo e o uso de dispositivos móveis por jornalistas. Pelo menos por enquanto, vamos esquecer esse aplicativo.
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Tirar fotos com um smartphone e compartilhar na internet parece ser uma prática bem atraente. Exemplo disso é o Instagram, que conta com mais de 50 milhões de usuários ativos, que fotografam e postam a todo o momento. Observando essa tendência, uma empresa americana resolveu criar um app com os mesmos princípios, mas com outra proposta: o jornalismo cidadão.
Apesar de ainda não ter sido lançado, o Signal trabalha um conceito de fotojornalismo rápido e instantâneo. Ao se deparar com um fato que considere relevante, o usuário registra a foto e publica com uma pequena legenda de 60 caracteres. Se um determinado evento for registrado por muitos usuários, um algoritmo do app junta as imagens, as classificando dentro de uma mesma categoria.
Toda a mágica do Signal acontece graças ao sistema de geolocalização do dispositivo. Uma vez organizadas de acordo com a região, as notícias despertam maior interesse dos usuários, que se sentirão encorajados a “cobrir” sua área e ao mesmo tempo ficar sabendo daquilo que ocorre por lá sem depender dos veículos de comunicação oficiais.
Mas além da própria região, também há seções com as fotos mais recentes e mais populares. Essas categorias podem ser escolhidas de acordo país, continente ou mundial.
Como os jornalistas tiram proveito disso?
O foco do Signal é no jornalismo cidadão, estimulando pessoas comuns a registrar fatos relevantes que acontecem próximo a elas. Porém, os jornalistas não podem ficar de fora. O app pode ser usado de diversas maneiras por esses profissionais. E isso não significa que eles devam ficar tirando fotos por ai.
Pautas ou até grandes furos de reportagem acontecendo próximos a você podem ser descobertos por lá. Afinal o jornalista não pode estar em todos os lugares, mas sua audiência, sim. O material publicado pelos usuários pode ser aproveitado na hora de apurar um fato, e os próprios usuários podem ser fontes, no caso de testemunharem um acidente, por exemplo. E por ai vai.
Quando for lançado, vai dar certo?
O Signal ainda não foi lançado. Mas podemos nos cadastrar no site oficial do projeto para receber informações em primeira mão e até se tornar usuário Beta. A expectativa é que chegue à App Store em alguns meses. Naturalmente as versões para smartphones e tablets Android também devem estar a caminho.
Acredito que a princípio o app pode não causar um grande impacto em termos de número de usuários ativos. Mas em longo prazo ele pode se popularizar e atingir de fato seu objetivo. Para quem é da área de comunicação, é de grande importância prestar atenção pelo menos no conceito do aplicativo. Nele é trabalhado o tão discutido jornalismo cidadão, mas se aproveitando de todo o potencial oferecido pelos dispositivos móveis avançados.
Signal no Brasil
No Brasil atingimos a marca de 250 milhões de celulares no final de março. Em 2011 o número de dispositivos móveis com acesso a internet banda larga superou os 40 milhões.
Esses números mostram o potencial da internet móvel em nosso país. Então, apesar de alguns pesares, como a lentidão, dificuldade de acesso, etc, não creio que o acesso a rede via dispositivos móveis seja “a” barreira para o sucesso do Signal por aqui. Mas ainda assim, há muito o que se fazer para que esse cenário seja o ideal para a difusão não só desse, mas de outros apps móveis.
(via Mashable)
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