6 de ago. de 2012
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Redes Sociais são populares no Jornalismo brasileiro, mas é preciso cuidado


Jornalistas brasileiros preferem o TwitterPesquisa realizada pela empresa PR Newswire aponta o crescente uso de redes sociais no trabalho de Jornalistas no Brasil, como informa matéria do Comunique-se. Os dados, que seguem abaixo, traduzem um discurso que sempre reforço por aqui: Mídias Sociais e Jornalismo andam (ou pelo menos deveriam andar) lado a lado, mas com qualidade.

Foi revelado que 79,7% dos 500 entrevistados (305 brasileiros) utilizam redes sociais pra entrar em contato e se relacionar com fontes. 83,3% disseram já ter usado dados disponibilizados em alguma rede. Esse cenário demonstra que Jornalistas, cada vez mais, têm aderido ao uso de Mídias Sociais como ferramentas de trabalho.

O Twitter foi eleito o favorito pelos Jornalistas na hora de trabalhar. 73,4% acreditam que o microblog é a rede que mais poderia influenciar no trabalho. Em segundo lugar vem o Facebook com 18,7%. O finado Orkut foi lembrado por 2,3% dos entrevistados.

Mas nem tudo são flores, conforme o Jornalista Cleyton Carlos Torres pontuou em artigo publicado em 2011 no Observatório de Imprensa. No texto intitulado “Jornalismo de Twitter não é jornalismo”, o autor defende a ideia de que para transformar o microblog numa ferramenta efetiva de trabalho, é necessário pensar estrategicamente e tomar alguns cuidados. Concordo plenamente e estendo a ideia as outras mídias sociais como Facebook e blogs.

Entre vários casos, me lembro de um em que o noticiário online What’s Trending anunciou erroneamente a morte de Steve Jobs. O impacto da falsa notícia foi tão grande que afetou negativamente as ações da Apple.  Além de virar Trending Topics e causar comoção entre os usuários. Tudo isso em questão de minutos, mesmo após o noticiário corrigir o erro.

Há casos em que ao confiar exclusivamente numa fonte via Twitter, grandes jornais cometeram gafes. O falso perfil do BOPE no microblog é um bom exemplo. E é disso que Torres está falando. Ele afirma que essa prática se enquadra num “jornalismo simplório demais”. Isso sem contar as notícias de celebridades ao estilo “fulano postou que no Twitter que o céu é azul”. Hábito também lembrado pelo autor.

Não quero dizer de forma alguma que usar informações ou fontes provenientes de Mídias Sociais é ruim para a profissão. Muito pelo contrário. Meu objetivo é refletir para que essas ferramentas sejam usadas com critério e criatividade. Pois é desse modo que as barreiras e preconceitos em relação ao uso de Mídias Sociais a favor do Jornalismo continuarão a ser quebradas. E as estatísticas serão grandes não apenas em números, mas, principalmente, em qualidade.


Sobre o Autor:
Guilherme Ludwig é o criador da Coluna Digital. Jornalista, encara a profissão como um estilo de vida. Seu objetivo é trabalhar com jornalismo digital focado na área de Tecnologia. Google+ - Twitter - Facebook - Site

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